Polícia conclui inquérito sobre empresário que matou gari em Minas Gerais

Na sexta-feira, 29 de agosto de 2025, a Polícia Civil de Minas Gerais concluiu o inquérito referente à morte do gari Laudemir de Souza Fernandes, assassinado pelo empresário René da Silva Nogueira Júnior
Acusações e penalidades
René foi formalmente indiciado pelos seguintes crimes:
- Homicídio duplamente qualificado
- Ameaça contra a motorista do caminhão de lixo
- Porte ilegal de arma de fogo
A soma das penas máximas chega a 35 anos de prisão..
Circunstâncias do crime
O trágico episódio ocorreu na manhã de 11 de agosto de 2025, por volta das 9h03, na Rua Modestina de Souza, bairro Vista Alegre, em Belo Horizonte. O gari Laudemir realizava seu trabalho de coleta de lixo quando surgiu um desentendimento com o empresário, que conduzia um veículo da marca BYD — cor cinza — posicionado de forma a obstruir o caminhão de coleta.
Durante a discussão, o empresário chegou a apontar a arma para a motorista do caminhão, com quem também se envolveu em ameaça, e em seguida desceu do veículo portando a arma. Após um breve incidente com o carregador, René efetuou o disparo contra Laudemir, atingindo suas costelas do lado direito; o projétil atravessou o corpo e se alojou no antebraço esquerdo. René foi preso poucas horas depois, numa academia, mantendo todo tipo de postura fria e coordenada.
Indícios de premeditação
Investigadores identificaram que o empresário realizou buscas em seu celular por termos como “gari” e o nome da rua pouco após o crime — evidência de que ele tinha plena consciência do que praticara.
Envolvimento da delegada
A esposa de René, Ana Paula Lamego Balbino, que é delegada da Polícia Civil, também foi indiciada — por porte legal de arma de fogo, uma vez que não tinha autorização para “ceder” o armamento a terceiros. A Corregedoria instaurou procedimento interno para apurar sua conduta, e ela foi afastada de suas funções e desligada de um comitê ético da Polícia Civil.
Panorama do caso
O homicídio de Laudemir, um trabalhador de 44 anos que deixava uma filha de 15 anos, gerou ampla comoção. A vítima atuava no serviço de limpeza urbana prestado à prefeitura, e o crime motivou protestos durante o velório, além de uma ação civil por danos morais movida pela família












Publicar comentário