Despesas federais podem crescer até 168 bilhões em 2026

O projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026, enviado nesta sexta-feira (29) pelo governo ao Congresso Nacional, aponta que as despesas do governo federal podem subir até 168 bilhões de reais no próximo ano, um incremento de 7,4% em relação a 2025. O aumento ocorre dentro do teto de 2,5% de crescimento real (acima da inflação) definido pelo novo arcabouço fiscal, que estabelece limites e parâmetros para a expansão dos gastos públicos.Como funciona o arcabouço fiscal O marco fiscal permite que as despesas cresçam acima da inflação, desde que dentro de uma faixa de 0,6% a 2,5% de crescimento real. O percentual de aumento real está vinculado ao desempenho das receitas: o arcabouço determina que os gastos possam avançar até 70% da alta real das receitas apuradas nos 12 meses encerrados em junho do ano anterior ao do orçamento. Para 2026, o cálculo da inflação utilizado fica entre julho de 2024 e junho de 2025.Dado que as receitas devem crescer 6,37% acima da inflação no próximo ano, o aumento real das despesas, na prática, fica em 4,46%. No entanto, o teto que rege o arcabouço fiscal limita essa expansão ao IPCA acumulado entre julho de 2024 e junho de 2025 (5,35%) mais 2,5%.Projeções absolutas
- Receitas primárias previstas: 3,186 trilhões de reais.Despesas primárias totais previstas: 3,195 trilhões de reais.Montante sujeito aos limites do arcabouço: 2,428 trilhões de reais.Valor fora do teto no próximo ano: 767,3 milhões de reais.
- Previdência Social: incremento de 89 bilhões de reaisGastos com o funcionalismo público: 39,7 bilhõesAbono salarial e seguro-desemprego: 8,8 bilhõesDespesas obrigatórias com controle de fluxo (inclui o Bolsa Família): 8,8 bilhões
- Saúde: 15% da Receita Corrente Líquida, equivalente a 245,5 bilhões de reaisEducação: 18% da Receita Líquida de Impostos, equivalente a 133,7 bilhões de reaisInvestimentos: 0,6% do PIB estimado para 2026, equivalente a 83,0 bilhões de reais
Fonte: Agência Brasil












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