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Apagão na nuvem da Amazon derruba aplicativos e serviços ao redor do mundo; empresa diz ver sinais de recuperação

Um apagão global nos servidores da Amazon Web Services (AWS), principal plataforma de computação em nuvem do mundo, provocou instabilidade e queda em diversos aplicativos e serviços digitais nesta segunda-feira (20). A falha afetou sites, plataformas de streaming, sistemas bancários, lojas virtuais e aplicativos de transporte em diferentes países, incluindo o Brasil.

De acordo com a própria Amazon, o problema teve origem em uma de suas regiões de hospedagem na América do Norte, responsável por parte significativa do tráfego global da internet. Em comunicado oficial, a empresa informou que já identificou a causa do incidente e que “os serviços estão apresentando sinais de recuperação”.

Impacto global

Entre os serviços afetados estão plataformas populares como Netflix, Disney+, Spotify, Slack, Zoom, iFood, Nubank e 99, além de sites de e-commerce e sistemas corporativos que dependem da infraestrutura da AWS. Usuários relataram dificuldades para fazer login, lentidão no carregamento e interrupções totais no acesso.

No Brasil, as falhas começaram a ser percebidas por volta das 10h (horário de Brasília) e atingiram o pico ao meio-dia, quando os relatórios de instabilidade dispararam nos sites de monitoramento, como o DownDetector. Em alguns casos, o problema persistiu até o fim da tarde.

Empresas e usuários afetados

Companhias que utilizam os serviços de nuvem da Amazon relataram transtornos operacionais. Bancos digitais e plataformas de pagamento registraram atrasos em transações, enquanto serviços de delivery e transporte tiveram pedidos cancelados devido à impossibilidade de comunicação com seus servidores.

Nas redes sociais, o assunto rapidamente se tornou um dos mais comentados, com hashtags como #ApagãoAWS e #AmazonCloudDown dominando o X (antigo Twitter).

Resposta da Amazon

Em atualização publicada em seu painel de status, a Amazon informou que equipes técnicas trabalham para normalizar completamente os serviços afetados. “Estamos observando melhorias graduais na conectividade e desempenho da rede. Continuamos monitorando a situação de perto para garantir a estabilidade total”, destacou a empresa.

Apesar do avanço, especialistas alertam que a recuperação total pode levar horas, dependendo da região e do tipo de serviço.

Dependência crescente da nuvem

O episódio reacende o debate sobre a dependência global das grandes provedoras de nuvem, como Amazon, Google e Microsoft. Hoje, grande parte da infraestrutura digital — desde redes sociais até sistemas públicos e financeiros — está centralizada nesses provedores, o que torna as falhas potencialmente catastróficas.

“O apagão da AWS mostra como um problema em um único ponto pode ter repercussões globais. Isso reforça a necessidade de diversificar infraestruturas e investir em soluções de contingência”, avalia o analista de tecnologia Rafael Duarte, em entrevista ao TechMonitor Brasil.

Recuperação gradual

Até o início da noite, a Amazon informou que a maioria dos serviços já havia sido restabelecida, embora alguns usuários ainda relatassem instabilidade pontual. A empresa prometeu divulgar um relatório detalhado sobre as causas e as medidas preventivas para evitar novos incidentes.

“Sabemos o quanto nossos clientes confiam na AWS e pedimos desculpas pelos impactos causados. Estamos comprometidos em restaurar a total normalidade e reforçar a resiliência de nossa rede”, disse o comunicado final.

O apagão da AWS, embora temporário, serve como um alerta sobre os riscos da centralização digital — um lembrete de que, mesmo na era da nuvem, a internet global ainda depende de poucos pilares invisíveis, mas cruciais, para funcionar.

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