Lula se reúne com ministros do STF para discutir substituto de Barroso

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) na noite da última terça-feira (14) para tratar da escolha do novo integrante da Corte, que ocupará a vaga deixada por Luís Roberto Barroso. O encontro aconteceu no Palácio da Alvorada e contou com a presença dos ministros Gilmar Mendes e Cristiano Zanin.
De acordo com informações da CNN Brasil, Lula quis ouvir a opinião de membros do Supremo antes de definir o nome que enviará ao Senado. A conversa teve caráter reservado e serviu para medir a receptividade da Corte aos principais nomes em análise.
Jorge Messias e Rodrigo Pacheco entre os mais cotados
Nos bastidores, o favorito dentro do governo é o advogado-geral da União, Jorge Messias, aliado próximo de Lula e considerado de alta confiança. No entanto, o nome do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também ganhou força entre setores do Congresso e de parte do próprio STF.
A escolha promete movimentar o cenário político em Brasília, já que o indicado precisará passar por sabatina e aprovação no Senado. A expectativa é que o anúncio aconteça ainda nesta semana, para evitar que a disputa interna ganhe novos desdobramentos.
Pressão por uma mulher no Supremo
Enquanto Lula analisa os nomes, cresce o movimento que defende a indicação de uma mulher para a vaga. Um abaixo-assinado com mais de 25 mil assinaturas já foi entregue ao governo, pedindo que o presidente leve em conta a baixa representatividade feminina na mais alta instância do Judiciário brasileiro.
Critério de confiança e equilíbrio político
Desde o início do mandato, Lula tem adotado como principal critério para as indicações ao STF a confiança pessoal. Foi assim com Cristiano Zanin e com Flávio Dino, os dois ministros nomeados por ele até agora. A reunião com magistrados, segundo fontes próximas ao Planalto, reforça a intenção do presidente de manter uma relação de diálogo e equilíbrio institucional com o Supremo.
O que vem a seguir
A definição do sucessor de Barroso é vista como uma das decisões mais estratégicas do governo neste fim de ano. Além de consolidar influência sobre a Corte, a escolha poderá impactar votações importantes sobre temas econômicos, ambientais e políticos.
Independentemente do nome escolhido, o novo ministro chegará ao STF com uma missão complexa: manter a harmonia entre os Poderes e lidar com processos de grande repercussão nacional.












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