Ibovespa cai mais de 2% com bancos após “bloqueio” da Lei Magnitsky; dólar sobe a R$ 5,50

Panorama geral
O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, registrou queda significativa de 2,10%, fechando o pregão aos 134.432,26 pontos. Durante o dia, chegou a operar na casa dos 133 mil pontos, evidenciando forte volatilidade.
Impacto da Lei Magnitsky
O recuo no índice foi impulsionado pela repercussão da decisão do ministro do STF, Flávio Dino, que determinou que leis e decisões estrangeiras não podem afetar cidadãos, empresas ou bens no Brasil, com relação a atos realizados no país.
Embora a norma não mencione diretamente sanções de fora, ela inviabiliza a aplicação no Brasil de medidas como aquelas impostas pelos EUA ao ministro Alexandre de Moraes.
Setores mais afetados
O setor bancário foi diretamente impactado, com ações de grandes bancos — como Banco do Brasil (BBAS3), Itaú (ITUB4) e Bradesco (BBDC4) — entre as mais negociadas e com retrações relevantes.
A Petrobras (PETR3; PETR4), outro peso pesado do índice, também recuou mais de 1%, pressionada pela queda nos preços do petróleo no mercado internacional.
O destaque negativo, porém, foi Raízen (RAIZ4), cujas ações despencaram mais de 10%, anulando os ganhos da véspera após a Petrobras negar ter planos de investir na companhia e o Citi rebaixar sua recomendação de compra para neutra, reduzindo o preço-alvo de R$ 2,00 para R$ 1,30.
Pontas positivas
Em meio ao pessimismo generalizado, alguns papéis se destacaram com desempenho positivo. Minerva (BEEF3) conduziu os ganhos, influenciada pela valorização do dólar e por expectativas animadoras para o terceiro trimestre de 2025. Segundo o Itaú BBA, o spread de exportação tem se ampliado, impulsionado pela queda no preço do gado e o aumento nos preços de exportação da carne bovina, com ainda mais estímulo vindo da abertura de mercados como Filipinas e Japão.
Outras ações que fecharam em alta incluem Suzano (SUZB3), Hypera (HYPE3), Marfrig (MRFG3) e Vale (VALE3) — todos entre os apenas cinco ativos que terminaram o dia no positivo, dentro da carteira teórica de 86 papéis.
Mercado cambial: dólar volta a subir
O dólar à vista (USDBRL) encerrou o dia em R$ 5,5009, alta de 1,22%, refletindo o impacto da tensão política e econômica externa.
Cenário internacional
Os mercados globais operaram sem direção clara. Em Wall Street, os índices ficaram mistos:
- Dow Jones: +0,02% (44.922,27 pontos)
- S&P 500: –0,59% (6.411,37 pontos)
- Nasdaq: –1,46% (21.314,95 pontos).
Na Ásia, a SoftBank viu suas ações despencarem após anunciar investimento de US$ 2 bilhões na Intel, puxando quedas nos principais índices: Nikkei recuou 0,38% e Hang Seng caiu 0,21%.
Na Europa, o índice Stoxx 600 subiu 0,73%, com investidores atentos às negociações por um cessar‑fogo entre Rússia e Ucrânia.
Resumo rápido:
- Ibovespa recuou 2,10%, fechando em 134.432,26 pontos
- Lei Magnitsky: decisão que desconsidera sanções estrangeiras impactou os bancos
- Setor financeiro e Petrobras pressionaram o índice
- Raízen ficou entre os maiores destaques negativos
- Minerva, Suzano, Hypera, Marfrig e Vale foram as poucas altas
- Dólar subiu a R$ 5,5009
- Cenário global marcado por incertezas e volatilidade
Fonte: MoneyTimes












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